terça-feira, 3 de novembro de 2009

CARTA ENVIADA PELO PRESIDENTE HORCADES...

... AOS ASSOCIADOS É UM MANIFESTO PRÓ-IMPEACHMENT

Prezado Tricolor,


Na semana passada os associados do Fluminense começaram a receber uma carta enviada pelo Presidente Roberto Horcades que é um verdadeiro manifesto pró-impeachment, senão vejamos:



Em nenhum momento o pedido de impeachment questionou os serviços prestados pelo Presidente ao Fluminense. Contudo, “o simples desejo de contribuir para o engrandecimento do nosso Tricolor” obviamente não é o único requisito para uma pessoa se candidatar ao cargo de maior importância do Clube. É preciso muito mais.



“Projeto de recuperação da sede social está em curso”. É preciso que o Presidente conheça melhor o Clube, pois quem o freqüenta não verifica nenhum projeto de recuperação, mas sim de deterioração e abandono cada vez maior de nosso patrimônio. “As melhorias são visíveis”; “tem este Presidente preocupação com a marca Fluminense”. Sinceramente gostaria que isso fosse verdade.



“Tenho respeito a todo ser humano e à democracia”. Não são essas condutas que temos visto em inúmeras atitudes e declarações completamente destoantes da postura que deve ter um Presidente do Fluminense.



“Estou de peito aberto para, unidos, tirarmos o futebol profissional...” “O único caminho é a união”. Porque só agora Presidente? Havia necessidade de estarmos nessa situação? O teor dessa carta demonstra que o Sr. está de peito aberto e buscando uma união do Clube ou trata-se apenas de um discurso demagógico? Diante de toda essa humildade, quais as atitudes efetivamente tomadas pelo mandatário maior do Clube para que tivéssemos essa união?



O pedido de impeachment não foi feito apenas pelo aumento absurdo da dívida do Clube, mas sim por um conjunto de fatores de extrema gravidade. O que está a cada dia aumentando a divida de maneira inimaginável não é a atualização monetária como quer fazer crer o Presidente em sua carta, mas sim as diversas atrocidades praticadas pela completa ausência de gestão profissional, responsável, com transparência, sem fisiologismo, sem nepotismo, etc... A reunião e o procedimento utilizado para aprovação das contas, dita e repetida com orgulho a todo momento na carta do Presidente, foram vergonhosos, o que aliás, já vem acontecendo há tempos no Fluminense e o que também já passou da hora de darmos um basta.



“Faltou experiência por parte de nossa Administração. A procura por ingressos nos surpreendeu, pois achávamos que, por termos dobrado o preço dos ingressos, a procura não seria tão grande”. Como faltou experiência se já tínhamos tido outros jogos da própria Libertadores com uma imensa procura por ingressos? Como imaginar uma procura não tão grande para uma final de Libertadores, onde eliminamos anteriormente, de maneira épica, times como o do São Paulo e do Boca Juniors? Mesmo que admitíssemos que a falta de experiência tivesse sido a causa de tudo o que aconteceu, ela não elide a responsabilidade do mandatário maior do Clube, mormente por não ter cobrado outra postura e conduta de seus prepostos antes, durante e depois dos fatos. Ao revés, permitiu que um de seus principais homens de confiança, funcionário do Clube, fosse aos jornais dar declarações de cunho político, expondo e prejudicando, mais uma vez, a imagem do Clube.



“Assim, toda a diretoria, sem exceção, da qual faziam parte muitos dos que assinaram o manifesto pró-impeachment, nela incluindo-se o Vice-Presidente Geral, resolveu, por unanimidade, vender para cada um dos membros do Conselho Diretor e Fiscal e da Mesa do Conselho Deliberativo uma quantidade significativa de ingressos.” Se isso ocorreu realmente todos erraram e deveriam ser punidos, porém cabe ao Presidente do Clube a responsabilidade política-jurídica por decisões teratológicas, irresponsáveis e imorais como essa. Não se vota nem se negocia princípios. Foram duzentos ingressos para cada um dos citados enquanto até morte poderia ter acontecido na frente do Clube.



Aliás, é bom frisar que o desvio de ingressos para cambistas não foi um problema apenas na Libertadores. Eu mesmo já venho cobrando no Conselho Deliberativo, há muito tempo, uma outra postura do Clube. Mesmo após todo o ocorrido, quem está indo a qualquer dos jogos do Fluminense tem visto uma verdadeira enxurrada de cambistas, independente do preço dos ingressos e da procura pelos mesmos e ninguém no Fluminense toma nenhuma providência.



“Vale salientar, que todos os assessores, diretores e vice-presidentes demitidos e o Vice-Presidente Geral compraram, cada um, quantidade considerável de ingressos para atender às suas necessidades”. Ao meu ver, trata-se de uma confissão que agrava ainda mais a responsabilidade do Presidente, pois comandou tal processo e ou permitiu que ele fosse deflagrado. Ademais, é importante esclarecer que tais pessoas foram demitidas dos respectivos cargos por aspectos políticos e por terem votado contra as contas da atual gestão e não por terem adquirido os referidos ingressos. Somente para lembrar, no primeiro mandato do Presidente Horcades ele também brigou com toda Diretoria, inclusive o Vice-presidente Geral da época. Em relação a esse assunto, frise-se que até o momento, ninguém, absolutamente ninguém foi punido ou perdeu seu emprego por tudo que aconteceu na Libertadores.


“A conta em nome do Vice-Presidente Social existiu durante um ano e meio da minha gestão. Eram recursos obtidos pelo próprio Departamento Social e davam respaldo financeiro ãs realizações dos seus eventos, independente dos recursos do Clube. É importante ressaltar que esta conta corrente, devidamente contabilizada, sofria auditoria independente e análises dos membros do Conselho Fiscal, como qualquer outra conta do Clube. Quando foi contestada, foi encerrada, embora nenhuma fraude ou indício de má-fé tenham sido constatados.” Outro ato absurdo. O presidente Horcades antes de realizar tal prática deveria consultar o seu Departamento Jurídico ou um dos 7 (sete) escritórios de advocacia contratados pelo Fluminense, alguns a peso de ouro, para constatar se tal procedimento encontra amparo legal ou estatutário. Quem autorizou tal procedimento? Onde consta tal possibilidade no estatuto do Clube ou mesmo na legislação brasileira? Tudo isso foi feito à revelia do Conselho Deliberativo e se o Conselho Fiscal fez isso realmente também desrespeitou o estatuto e a legislação. O argumento de inexistência de fraude ou má-fé é inócuo, uma vez que a conta por si só já é completamente irregular e mais absurdo ainda é o comentário de que precisou ser contestada para ser encerrada. Imagina o que não sabemos e portanto não podemos contestar...



Ainda sobre esse assunto, é importante esclarecer também que dificuldades administrativas e financeiras não podem servir de desculpa para práticas como essa, até mesmo porque essas mesmas dificuldades foram criadas por administrações como a que ora se vê no Clube. Vale lembrar que o Presidente Horcades foi reeleito, ou seja, sempre teve ou deveria ter noção da situação, dos problemas e das soluções para o Fluminense.



“Como conseqüência, assinamos um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público, com o objetivo de estreitar laços entre os torcedores e o Clube e garantir ainda mais transparência da gestão”. Se algo foi assinado não foi eficaz, não está sendo respeitado e também não há que se falar em “garantir mais transparência da gestão, pois não existe gestão alguma e muito menos transparência.



Em sua carta o Presidente tenta também justificar a relação obscura e equivocada existente com a Unimed através de argumentos administrativos, jurídicos e burocráticos, esforçando-se para convencer as pessoas de que a Patrocinadora não tem ingerência nenhuma no Fluminense. Não vale nem comentar muito...



Já na terceira página de sua extensa carta, o Presidente menciona que “o FLUMINENSE, que passa por um período difícil no Campeonato e em suas finanças”. Na realidade Presidente, o FLUMINENSE há muito tempo vem passando por Campeonatos e momentos difíceis, que são fruto exclusivo de administrações como a atual e dos Conselhos anteriores que se omitiram, permitindo que chegássemos ao caos em que estamos hoje. O resultado de campo é e vem sendo também há tempos apenas reflexo disso tudo, com alguns pouquíssimos títulos vencidos pela por circunstancias de momento e não por uma infraestrutura sólida que produza bons resultados (vide campanha da Libertadores e resultados após um ano)



O Presidente menciona lucro com jogadores. Mas em que foi investido o dinheiro. O problema do Fluminense não é a sua receita, mas sim a inimaginável, absurda e estratosférica despesa. Ninguém em sã consciência faria com dinheiro próprio ou de sua empresa, escritório... o que se faz no Clube. Já passou da hora de darmos um basta nessa sangria desatada.



“No entanto, reconheço que equívocos existiram em alguns casos, algumas más aquisições foram efetivadas, mas qual clube acerta sempre na compra e venda de um atleta?” Novamente o Presidente confirma o prejuízo que sua administração vem causando ao Clube e tenta justificá-lo através de argumentos completamente frágeis e que procuram transmitir uma humildade impressionante e destoante de todas as condutas que tenho visto por parte de nosso mandatário maior do Clube.



Não obstante todo acima exposto, o Presidente se superou mesmo foi quando tenta passar para o associado que o grupo de conselheiros que assinaram o pedido de impeachment é responsável pelo atraso de salários e os resultados pífios do futebol. Vale lembrar que o pedido de impeachment foi protocolizado em 10/09/2009 e o Fluminense estava em que colocação no campeonato brasileiro? Ganhamos o carioca ou qualquer outro torneio/campeonato? Os salários estavam em dia? Fomos nós que marcamos duas greves dos funcionários do Clube? Foi em razão do impeachment que o Fluminense empregou os parentes de vários dirigentes? Foi a partir do pedido de impeachment que começou o péssimo serviço e que passamos a receber valores muito pequenos dos concessionários do Clube? Foi em virtude do impeachment que se contratou 7 (sete) escritórios de advocacia, alguns a peso de ouro? Foi o pedido de impeachment que contratou alguns pessoas e ou serviços terceirizados por valores elevadíssimos e muito acima do que paga o mercado? Foi em função do pedido de impeachment que se contratou 38 (trinta e oito) jogadores para o elenco atual? Quem contratou e rescindiu com 5(cinco) técnicos e diversos outros profissionais que os acompanhavam? Quem perdeu a oportunidade do Ato Trabalhista? Foi em razão do pedido de impeachment que a Patrocinadora passou a ter ingerência na administração do Clube? Foi em razão do pedido de impeachment que ninguém no Fluminense conhece os direitos e obrigações na relação Fluminense-Unimed?... Sinceramente Presidente, essa o Sr. abusou...A linha da humildade e do coração aberto era melhor.



Em relação ao problema da Diretoria de Patrimônio outro equívoco do Presidente Horcades, que deveria consultar ao menos um dos inúmeros advogados que contratou para o Clube. Existe previsão expressa no estatuto do Clube de que o Vice-Presidente Geral coordenará tudo que se relacione ao patrimônio e a conservação dos bens do Fluminense, mantendo sob sua supervisão a Diretoria de Patrimônio. Se ele não gosta mais do seu Vice-geral ou acha que ele não deve ou não tem competência para exercer tal função é outra história, mas nem o Presidente, nem o Conselho Diretor e nem o Deliberativo poderiam aprovar tal proposta como menciona em sua carta o Presidente, exceto através de uma alteração do estatuto, que exige quorum qualificado e que não aconteceu in casu.



Se há um ponto em que concordo com a carta do Presidente Horcades é no que ele conclama ao associado: “Prezado Associado, VAMOS NOS UNIR, POIS UNIDOS VENCEREMOS A CRISE”. Contudo, precisamos unir não apenas os associados, mas todos que amam o Fluminense em torno de princípios, metas, projetos, profissionalismo, transparência, organização, hierarquia, respeito, modernidade, competência, democracia, credibilidade, etc... No passado já fomos modelo disso tudo e como somos visto hoje? Já passou da hora de dizermos claramente que o Fluminense não pode continuar dessa maneira.



Essa humildade e esse coração aberto tão decantados durante toda carta aos associados são bem diferentes das condutas que temos visto no Clube e contraditório até mesmo com o texto escrito pelo Presidente, onde alega está defendendo uma pacificação e mesmo tempo faz questão de atacar, atacar e atacar pessoas, o que, mais uma vez, em nada contribui para o Fluminense.



Ademais, não tenho dúvida nenhuma que se tivesse toda essa humildade e coração aberto a situação não teria chegado onde chegou. Nesse sentido, gostaria de deixar claro que independente do resultado do processo de impeachment ninguém tem motivos para comemorar. Se ele for aprovado, E ACHO QUE VAI SER, tem-se logo em seguida que iniciar o processo de auditoria, de reformas lato sensu, com tomada de medidas mais emergenciais. Se não passar, o Presidente terá mais um novo e bem oportuno momento para “humildemente e de coração aberto” alterar esse status quo, inclusive através do diálogo direto com os diversos segmentos do Clube, sob pena de continuarmos com o Clube à deriva, se arrastando e sem nenhuma credibilidade. (vide texto anterior)



Da mesma forma acredito que iremos escapar do rebaixamento e todos nós como torcedores temos que comemorar, pois é insuportável e sufocante essa situação. Entretanto, NÓS, ENQUANTO DIRIGENTES DO CLUBE, só temos que nos envergonhar de estarmos nessa situação, pois a nossa responsabilidade não é a mesma do torcedor. O Fluminense já desceu três vezes e de lá para cá o que foi modificado? Isso é ridículo, patético... Não podemos continuar achando tudo isso normal.



Por derradeiro, gostaria de parabenizar publicamente à Flusócio, ao Peter Siemsen e ao Rodrigo Nascimento e seu grupo, que tiveram a coragem de decidir a favor do impeachment e alguns até de mudarem de posição em razão de uma reunião conjunta muito profícua e que já pode ser um desenho inicial da próxima eleição. Nessa reunião nós conversamos amplamente sobre a realidade fática do Clube.



Como disse no meu último texto, acho que Ideal Tricolor, Flusócio, Tricolor de Coração, Pavilhão Tricolor e todas as pessoas que desejam um Fluminense diferente e bem melhor do que está aí, com as características já acima mencionadas, tem que estar juntos na próxima eleição e para isso temos que trabalhar muito, sob pena de ficarmos mais três anos... Sei que as vezes é difícil, pois temos divergências pontuais, mas também se não tivéssemos seríamos um grupo só. Como na essência concordamos com quase tudo, precisamos dialogar mais e mais e mais, procurando fazer exatamente o que se fez agora, ou seja, escutar, refletir, ter paciência, humildade, saber segurar ânimos mais exaltados, ter calma com um louco ou outro de cada grupo que volta e meia surta, respeitar quem pensa diferente, etc... O Fluminense precisa, o Fluminense merece, o Fluminense vai mudar...



OBS: O TEXTO, COMO DE PRAXE, FICOU GRANDE, MAS AINDA MENOR QUE O MANIFESTO PRÓ-IMPEACHMENT QUE O PRESIDENTE ENVIOU PARA OS ASSOCIADOS.



Saudações Tricolores,



ADEMAR ARRAIS FILHO

Conselheiro do Fluminense Football Club

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O FLUMINENSE NÃO PODE CONTINUAR À DERIVA!!!

Prezado Tricolor,

Novamente resolvo escrever sobre a situação do Clube para que todos possam realizar seus juízos de valor sobre o atual momento em que SOBREVIVEMOS, esclarecidos do que realmente está acontecendo, deixando claro, contudo, que não se trata de nenhuma “Nota Oficial”, mas sim de visões pessoais que em sua maioria podem ser coincidentes com as do Ideal Tricolor, grupo político do qual participo.

Inicialmente gostaria de salientar que o Ideal Tricolor foi criado pelo desvirtuamento completo do maior e mais importante movimento político de todos os tempos do Fluminense que foi a Vanguarda Tricolor. O nome do grupo já procurou demonstrar que continuaríamos a luta pela dignidade, modernidade e democracia dentro do Clube. Desde o seu inicio até o presente momento, sempre estive com o Ideal na oposição a esse modelo de ausência de gestão, retrógrado, ultrapassado, com total falta de transparência, de profissionalismo, seriedade, etc...
Assim, é importante ficar claro que nem eu nem o Ideal aparecemos agora na oposição. Ao revés, quando todos, inclusive alguns “ atuais grandes defensores dos interesses do Clube” idolatravam e até participavam das terríveis administrações do Presidente David Fischel, nós já denunciávamos e alertávamos sozinhos para o que estava ocorrendo, sendo chamados de xiitas, radicais, malucos, etc... Basta lembrar que até mesmo Roberto Horcades foi eleito pela primeira vez através da intervenção direta e juntamente com toda Diretoria de David Fischel.

Ah...Mas você e o Ideal apoiaram na última eleição uma chapa que tinha o Fischel como nº 1. Sim, é verdade e na minha opinião foi a decisão mais acertada e que demonstra o amadurecimento do Ideal diante do quadro político-eleitoral do Clube. Alguns que hoje nos criticam por termos continuado apoiando Peter com a chegada posterior na campanha de Fischel e do antigo grupo da Vanguarda, no passado nos criticaram por não aceitarmos fazer alianças de jeito algum (ex: eleição interna na própria Vanguarda), o que até então, lamentavelmente, tem inviabilizado todas as candidaturas de oposição.

Não acredito nem idolatria nem em satanização de quem quer que seja, devendo-se sempre levar em conta, diante de princípios é claro, a luta incondicional pelos interesses do Fluminense. Não temos medo de José de Souza e do grupo do qual participa, como não tivemos do Fischel e do antigo grupo da vanguarda. Caso José de Souza assuma pelo impeachment ou pela renúncia do Horcades, será cobrado da mesma forma que está sendo Horcades, ou seja, tendo à frente não a sua pessoa, mas os interesses do Clube. O que vai acontecer ninguém pode afirmar com certeza, pois não somos futurólogos, mas o que está acontecendo todos já estamos assistindo e há tempos. Assim como na última eleição, nós continuamos a defender a mesma coisa que sempre defendemos para o Fluminense e isso não mudará.

Tenho visto algumas pessoas fazerem um verdadeiro terrorismo com a possibilidade do José de Souza assumir temporariamente a Presidência do Clube. Independentemente da opinião de cada um em relação ao atual Vice-Presidente Geral, o fato é que não dá para manter o status quo. O CLUBE ESTÁ COMPLETAMENTE À DERIVA!!!!

Além disso, caso por alguma razão o vice assuma, já entrará com prazo de validade e não terá a menor condição de administrar o Clube sem uma imediata coalisão das diversas forças políticas do Clube (enquanto não chega efetivamente a profissionalização é claro, o que acredito apenas numa próxima gestão). Todos os grupos possuem pessoas qualificadas e que desejam lutar pelas reformas e melhorias do Fluminense. É claro que algumas já passaram dezenas de vezes pelas administrações sem ter nenhuma história feliz para contar e por isso mesmo deve-se fazer uma ampla renovação dos quadros diretivos do Clube, porém, diante do quadro que possuímos atualmente, até gostaria, mas não acredito em defesa de propostas que visam o afastamento completo de todas as pessoas que já participaram de administrações anteriores. Basta lembrar que um dos nomes mais falados para a próxima eleição é o do Peter, que participou diretamente de uma das piores administrações do Fluminense e nem por isso deve ser afastado de qualquer processo eleitoral.

Como já tinha escrito em minha outra carta, era falso o discurso de que a saída apenas do antigo vice-presidente de futebol, Tote Menezes, iria resolver os problemas do Clube. A entrada de Ricardo Tenório e de Mário Bittencourt é apenas uma medida paliativa para o Departamento de Futebol, que torcemos para dar certo. Contudo, efetivamente para o Clube não resolveu nem vai resolver, pois precisamos urgentemente de medidas mais efetivas e fortes, que dependem do mandatário maior do Fluminense, como, por exemplo:
1) Realizar uma administração tampão de coalisão com as diversas forças políticas do Fluminense;
2) Fazer uma análise da folha salarial do Clube, inclusive do futebol, verificando a possibilidade de rescisão dos contratos que forem maléficos, contrários aos interesses e possibilidades do Fluminense;
3) Tentar negociar e ou se livrar de atletas que estão há anos no Clube com baixa produtividade, que também nada ganharam e ou que possuem notória baixa qualidade técnica, adequando gradativamente a folha a nossa realidade, assim como fizeram outros Clubes;
4) Realizar a dispensa de parentes dos dirigentes do Clube e de funcionários que ocupam postos de confiança da direção e que não possuam tal característica ou que a tenham perdido em razão de fatos passados, como, por exemplo, no caso da Libertadores;
5) Reunião com os diversos poderes constituídos do Clube e com as torcidas organizadas explicitando detalhes do atual momento e procurando sensibiliza- los de que o Fluminense precisa da ajuda de todos. No mesmo momento anunciar corte imediato de regalias de conselheiros, alguns sócios e da própria torcida;
6)Mudança do relacionamento com a UNIMED e procura de parceiros complementares;
7) Análise, revisão ou rescisão, quando for o caso, dos contratos de concessionários, terceirizações e fornecedores do Clube. Existem contratos atuais que ao invés de recebermos acho que deveríamos até pagar para nos livrarmos de tão maléficos que eles são aos interesses do Fluminense;
8) Tentar renegociar o contrato da adidas e na impossibilidade tentar viabilizar de alguma forma a rescisão, assim como outros Clubes também já fizeram;
9) Procurar com a máxima urgência viabilizar o CT do Fluminense;
10) Redefinir, inclusive com profissionais qualificados, todo o planejamento do Clube;
11) Fechar todas as torneiras de saídas indevidas de dinheiro do Clube;
12) Controlar a arrecadação das escolinhas e as despesas dos esportes olímpicos, verificando o equilíbrio econômico-financeiro de cada esporte diante do Fluminense. Acabar com arrecadações paralelas, etc...

Como já dito, o Fluminense está totalmente à deriva, em todos os seus segmentos, e seu Presidente sequer inicia qualquer processo de reformas e ou de co-gestão com os demais Poderes Constituídos do Clube. Não podemos apoiar esse tipo de coisa. Ah... Mas no passado tivemos situações parecidas com as de atualmente...Sim, exatamente por isso, considero que pior do que os Presidentes passados foram os Conselhos anteriores que deixaram eles fazerem o que fizeram. O resultado é esse que está aí.

Há algo mais oportunista do que deixar de apoiar o impeachment sob a justificativa de que nas eleições para um mandato tampão infelizmente não se contaria com o voto de todos os cidadãos tricolores que se conscientizaram e ingressaram de sócio em 2009 ? Isso, na minha opinião, significa se omitir, contribuindo para a política do quanto pior melhor e ainda numa falsa certeza de ganho das próximas eleições, sob a promessa totalmente contraditória de que vai realizar a transformação/reconstrução daquilo que você próprio deixou que se destruísse.

Outro aspecto importante é quanto a gravidade dos argumentos apresentados na petição de impedimento do Presidente. Não são graves? Então realmente não sei o que está acontecendo e o que é grave realmente para o Clube. Há muito tempo que o futebol é apenas uma das conseqüências dos desmandos e das irresponsabilidades administrativas-financeiras do Clube. Como exemplo típico, podemos citar a alienação dos direitos federativos de vários jogadores para pagamento de despesas correntes, quando ao mesmo tempo se continua pagando para alguns empregados apadrinhados e privilegiados salários muito além do que são pagos pelo mercado, ficando a grande massa de trabalhadores sem o sustento de suas famílias e ameaçando, como no jornal O GLOBO de hoje, pela segunda vez só nesse semestre , uma greve geral.
A mesma coisa acontece com diversos serviços profissionais terceirizados. Também a título de exemplo, na minha área inclusive, é preciso verificar qual a necessidade do Fluminense ter 7 (sete) escritórios de advocacia contratados e se os valores pagos estão dentro de uma realidade de mercado, pois as informações que correm no Clube são de valores estratosféricos e totalmente absurdos. Tais informações precisam ser checadas profundamente já que tudo no Fluminense é obscuro e realizado à revelia de seus Poderes Constituídos, razão pela qual também surgem inúmeros boatos.

Da mesma forma temos tido conhecimento de diversos contratos de concessionários do Clube que estão vencidos e que em sua maioria são extremamente leoninos, maléficos aos interesses do Clube e que algumas pessoas da atual diretoria já andam realizando pressões para que ocorram as respectivas renovações contratuais. Já estou me aprofundando nessa questão, inclusive documentalmente, e no momento oportuno tomarei, juntamente com o Ideal, outras medidas de acordo com a minha obrigação de Conselheiro do Clube.

Em relação aos contratos da UNIMED e da Traffic então nem se fala. Não conheço NINGUÉM no Fluminense que tenha minimamente ciência de seus teores.

Se o que vem acontecendo não é grave, o que é então? Questionamentos judiciais e deferimento de liminares realmente podem acontecer para todos os lados envolvidos, mas não é em razão de tal possibilidade que devemos nos omitir.

Diante da realidade fática conhecida por todos e acima parcialmente descrita é mentiroso o discurso de que o impedimento do Presidente é um golpe. Golpe foi dado no associado do Fluminense quando da última eleição e vem sendo dado diariamente em cada torcedor do Fluminense, que é motivo de deboche de todos os outros. Golpe são os pais de família, funcionários humildes, que não podem cumprir seus compromissos pelo não recebimento de seus salários. Golpe é termos pela segunda vez esse semestre programação de Greve Geral pelo não pagamento de salários. Golpe é o nepotismo existente no Clube. Golpe é a contratação de pessoas por valores estratosféricos absurdamente acima do mercado. Golpe é o dado pelos membros do Conselho Diretor que sabotam e se envergonham da própria administração que participam. Golpe é não termos punição alguma para os comprovadamente envolvidos no escândalo dos ingressos da Libertadores. Golpe é dar o tratamento ao patrimônio do Clube que vem sendo dado. Golpe é o Fluminense retornar para a segunda divisão. Golpe é alienar o Clube para terceiros à revelia dos Poderes Constituídos do Clube. A palavra golpe precisa realmente ser melhor compreendida...

Isso posto, não obstante os argumentos acima esposados, independente do resultado e dos posicionamentos em relação ao pedido de impeachment, gostaria de deixar claro que continuarei respeitando todos aqueles que pensarem de maneira diversa e lutando para que o Ideal Tricolor na próxima eleição esteja junto com a Tricolor de Coração, a Flusócio, o Pavilhão Tricolor e com todas as demais pessoas que realmente queiram abrir as portas do Fluminense para a Dignidade, Modernidade e Democracia.

Saudações Tricolores,
Ademar Arrais Filho
Conselheiro do Fluminense Football Club

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Um Desabafo - Por Ademar Arrais

Prezado Tricolor,

Na qualidade de torcedor e conselheiro do Fluminense, eleito na última eleição pela chapa de oposição, gostaria de externar algumas considerações em relação a mais esse momento triste de nossa história, mas que nada mais é que o reflexo de mais de 20 anos de administrações patéticas, retrógradas, mentirosas, irresponsáveis e com diversas outras qualificações impublicáveis. Importante sempre deixar claro que pior que os Presidentes anteriores, foram as pessoas que ocuparam os diversos Poderes Constituídos do Clube que permitiram, ainda que por omissão, que os Presidentes fizessem o que fizeram.

Nesse sentido, já quero deixar claro que assinei o pedido de impedimento do Presidente Horcades não pelo provável rebaixamento, mas sim pelo fato do Fluminense há tempos estar sem qualquer comando em todos os seus segmentos, senão vejamos:

RELAÇAO COM A UNIMED
É claro que a UNIMED pode ser uma excelente parceira do Fluminense. É óbvio também que essa relação precisa ser modificada. Mas o que ela realmente faz no Fluminense hoje? Quais os seus direitos e obrigações para com o Fluminense? Qual a ligação do Sr. chamado de Gauchinho com as contratações de jogadores e o filho do Sr. Celso Barros? Até hoje não conheci ninguém que respondesse a essas perguntas e sinceramente não consigo acreditar nesse papo furado que o Sr. Celso Barros é Fluminense e por essa razão faz isso ou aquilo em nosso benefício. A UNIMED está no Fluminense porque obtém retorno, caso contrário não estaria. E nesse aspecto está completamente certa.

O contrato da UNIMED termina no final desse ano e acho que, dependendo da negociação, seria importante para o Clube uma renovação por mais um ano (período em que termina a atual gestão). Contudo, esse terrorismo de que o Fluminense acabará sem a UNIMED é uma balela ou desculpa para pessoas que dizem ter a solução para tudo, porém só dão a cara a tapa no Clube se tiverem um suporte financeiro já criado anteriormente. Outros Clubes em situação bem pior se levantaram e nós conseguiremos ultrapassar mais essa dificuldade também. Certamente vai piorar num primeiro momento e durante um bom tempo, mas com planejamento, profissionalismo, seriedade, credibilidade e um pouco de paciência as coisas se resolverão. Sem esses fatores não adianta UNIMED nem ninguém (vide nossos resultados do período contratual)

Aliás, esse é um dos problemas maiores que temos. Fazendo demagogia e mentindo para a torcida, os dirigentes ao invés de fazer o que tem que ser feito com uma visão geral e um planejamento responsável a curto e sobretudo a médio e longo prazo, como, por exemplo, pagamento de salários, amortização de dividas e investimento em infraestrutura, ficam prometendo imediatamente “grandes contratações”, títulos, etc...É melhor falar a verdade de que passaremos algumas dificuldades durante um tempo e superar efetivamente tais obstáculos, do que ficar nesse sofrimento eterno sem qualquer perspectiva. Um Clube como o nosso não pode ganhar títulos por uma mera eventualidade como tem sido, mas sim deve, ao menos, disputar todos os títulos em todos os anos como fruto de seu trabalho e organização (vide outros clubes que se estruturaram)

Outro aspecto que deve ficar claro é que o Sr. Celso Barros não é o santo que se prega nem salvador da pátria de nada e também vem contribuindo para inúmeras ações descabidas do Fluminense, como mais recentemente no boicote que fez ao trabalho do Parreira, no absurdo retorno do Renato Gaucho, Espinosa e Branco, etc...

Gostaria ainda de registrar que enquanto for conselheiro do Clube jamais aceitarei que o Fluminense seja refém de quem quer que seja. As declarações do Sr. Tote Menezes no Jornal Ö GLOBO em relação a saída da UNIMED em caso de aprovação do impedimento do Presidente soam como uma chantagem sob a qual também não me submeto. A UNIMED está no Fluminense há pouco mais de 10 anos e o Fluminense tem 106 anos.

Pa encerrar esse assunto, pelo que tenho visto, lamentavelmente, nem as oposições nem os pré-candidatos do momento estão tratando esse assunto diretamente com a profundidade e seriedade que ele merece e acredito que devem também ser questionados por todos. O presidente da UNIMED não tem que se meter em política do Clube. Uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa. No Fluminense é assim, funcionário vai para os jornais falar mal de seu empregador e fazer política, patrocinador oferece cargos de nomeação do Presidente e faz declarações à imprensa como dono do Clube, Presidente realiza contratos à revelia dos diversos Poderes do Clube, que por sua vez se omitem, etc...

O meu maior medo agora é que na situação desesperadora em que está o Presidente Horcades diante da UNIMED, ele renove esse contrato por período inclusive superior ao de seu mandato e com cláusulas absurdas, como acontece usualmente no Fluminense, e ainda à revelia de todos os Poderes Constituídos do Clube, do Departamento Jurídico, etc... (vide contrato Fred)

SALÁRIOS ATRASADOS

Os salários novamente estão atrasados. Mas como pode qualquer empresa e ou instituição pagar salários em dia, estando praticamente em estado falimentar e pagando salários completamente fora de mercado? Temos informações, jamais contestadas, de alguns empregados da área administrativa do Clube recebendo R$20.000,00, R$ 30.0000,00, R$ 40.000,00 quando o mercado de trabalho não pagaria talvez nem a metade aos mesmos profissionais. Outro fato relevante também é que o Fluminense, como se tivesse nadando em dinheiro, além de empregar diversas pessoas que participavam e ou que participam ainda da política do Clube, agora emprega filhos, ex-mulher e parentes em geral.

No futebol então a sangria é maior ainda e cresce a cada dia com inúmeras contratações e rescisões que são realizadas sem qualquer tipo de planejamento e satisfação aos poderes constituídos do Clube, sendo uma grande caixa preta sobre a qual não conheço ninguém que tenha informações integrais e fidedignas.

E ao invés de solucionar efetivamente tais questões, o que os sábios fazem há anos, correm para as instituições financeiras, que como todos sabem possuem “juros baixíssimos”, e pagam os salários atrasados. Quando não é dessa forma, é através de antecipação de receitas, o que também contribui para a inviabilização de qualquer planejamento que se tente fazer. A divida do Fluminense, somente na Gestão Horcades e diante de dados oficiais (que são questionáveis) aumentou 340% (TREZENTOS E QUARENTA POR CENTO)

Com essa realidade, que jamais encontramos em nossas vidas privadas, é óbvio que o Fluminense não poderia nem poderá nunca pagar em dia seus compromissos.

CONSELHO DIRETOR

O Presidente Horcades, que em seu primeiro mandato tinha brigado com todo seu Conselho Diretor da época, também repetiu o feito nesse seu segundo mandato. Sem adentrar ao mérito de tais brigas, o fato é que temos hoje uma Diretoria mais enfraquecida do que já era. Além disso, verificamos no contato com os mesmos de que eles próprios falam mal da administração da qual participam e em alguns momentos parecem até mesmo terem vergonha de fazer parte do Conselho Diretor.

Se não bastasse isso, os relatos das poucas reuniões de trabalho do Conselho Diretor demonstram total falta de liderança do Presidente para com seus pares.

JOSÉ DE SOUZA

Tenho visto algumas pessoas fazerem um verdadeiro terrorismo com a possibilidade do José de Souza assumir a Presidência do Clube. Independentemente da opinião de cada um em relação ao atual Vice-Presidente Geral, o fato é que não dá para manter o status quo.

Além disso, caso por alguma razão o vice assuma, já entrará com prazo de validade e não terá a menor condição de administrar o Clube sem uma imediata coalisão das diversas forças políticas do Clube (enquanto não chega efetivamente a profissionalização é claro, o que acredito apenas numa próxima gestão)

Vale salientar que para evitar o problema institucional, acredito que o melhor náo seria o impedimento do Presidente, mas sim uma administração de coalisão com ele. O problema é que pelos fatos que vem ocorrendo há muito tempo não dá para acreditar mais no Presidente e nem acho que ele queira e esteja preparado para esse tipo de coisa, sobretudo porque para defender minimamente os interesses do Clube teríamos que adotar algumas medidas extremamente radicais.
OPOSIÇÕES, A SITUAÇAO ATUAL E A ELEIÇÃO DE 2010

Alguns colegas que militam nos diversos grupos de oposição vem comentando receio que possuem em tomar essa ou aquela atitude sob a justificativa de que não seria a melhor estratégia para eleição de 2010.

Não é uma decisão fácil ser contra ou a favor do impedimento do Presidente do Fluminense, mas sinceramente esse tipo de argumento é apostar na política do quanto pior melhor. Porque os grupos e ou pré-candidatos devem esperar mais um ano e tal para contribuírem para o inicio do processo traumático de solução dos problemas do Clube? Que estratégia maravilhosa é essa que tem medo da máquina quando nós já não temos nem nunca tivemos a máquina administrativa? Que garantia é essa que em 2010 se fizer isso ou aquilo ganharemos a eleição? Até lá fazemos o que? E depois de eleito, trabalhamos para consertar aquilo que esperamos que fosse feito? Que incoerência é essa que define, por exemplo, o vice-presidente, como isso ou aquilo, mas tem medo do êxito de um eventual um mandato tampão dele?

Outra bobagem também é falar que eventual impedimento prejudicará a imagem do Clube. Imagem? Que imagem? Esse é o 4º rebaixamento e o que mudamos? Infelizmente tenho notado que os torcedores, sócios e conselheiros do Fluminense já estão até mesmo achando normal um rebaixamento. Vocês leram a reportagem do Tote no O GLOBO? Já perceberam como nem cobrança existe mais nas Laranjeiras? Estamos no fundo do poço, numa situação ridícula e merecemos mesmo ser sacaneados por todo mundo. Precisamos ter vergonha na cara e mudar radicalmente o Clube para ontem e não daqui há um ano e meio.

NÃO BASTA A SAÍDA DO VICE-PRESIDENTE DE FUTEBOL

Acho que não preciso falar muito da atuação do atual vice-presidente de futebol, pois todos já conhecem seu trabalho.

O mais incrível é que assim como Horcades foi reeleito, Tote Menezes ocupa ocupa tal cargo há mais de cinco anos. É realmente espantoso. Ainda que ele não tivesse cometido um erro sequer nesses cinco anos, só as declarações que ele fez ontem para o jornal O GLOBO já seriam suficientes para uma demissão sumária. São declarações típicas de um Clube de várzea e não do Fluminense Football Club

Contudo, tenho verificado muita gente que tem medo do impedimento do Presidente se esconder no discurso de saída do Tote Menezes. Não adianta APENAS mandar o vic-presidente de futebol embora. É preciso também a realização de outras medidas emergenciais, que dependerão diretamente do mandatário maior do Clube, como por exemplo:
1) Realizar uma administração tampão de coalisão com as diversas forças políticas do Fluminense
2) Fazer uma análise da folha salarial do Clube, inclusive do futebol, verificando a possibilidade de rescisão dos contratos que forem maléficos, contrários aos interesses e possibilidades do Fluminense;
3) Tentar negociar e ou se livrar de atletas que estão há anos no Clube com baixa produtividade, que também nada ganharam e ou que possuem notória baixa qualidade técnica, adequando gradativamente a folha a nossa realidade, assim como fizeram outros Clubes;
4) Realizar a dispensa de parentes dos dirigentes do Clube e de funcionários que ocupam postos de confiança da direção e que não possuam tal característica ou que a tenham perdido em razão de fatos passados, como, por exemplo, no caso da Libertadores;
5) Reunião com os diversos poderes constituídos do Clube e com as torcidas organizadas explicitando detalhes do atual momento e procurando sensibiliza-los de que o Fluminense precisa da ajuda de todos. No mesmo momento anunciar corte imediato de regalias de conselheiros, alguns sócios e da própria torcida;
6)Mudança do relacionamento com a UNIMED e procura de parceiros complementares;
7) Análise, revisão ou rescisão, quando for o caso, dos contratos de concessionários, terceirizações e fornecedores do Clube. Existem contratos atuais que ao invés de recebermos acho que deveríamos até pagar para nos livrarmos de tão maléficos que eles são aos interesses do Fluminense;
8) Tentar renegociar o contrato da adidas e na impossibilidade tentar viabilizar de alguma forma a rescisão, assim como outros Clubes também já fizeram;
9) Procurar com a máxima urgência viabilizar o CT do Fluminense;
10) Redefinir, inclusive com profissionais qualificados, todo o planejamento do Clube;
11) Fechar todas as torneiras de saídas indevidas de dinheiro do Clube;
12) Controlar a arrecadação das escolinhas e as despesas dos esportes olímpicos, verificando o equilíbrio econômico-financeiro de cada esporte diante do Fluminense. Acabar com arrecadações paralelas, etc...
O IMPEDIMENTO DO PRESIDENTE SERIA UM GOLPE

Diante da realidade fática conhecida por todos e acima parcialmente descrita é mentiroso o discurso de que o impedimento do Presidente é um golpe. Golpe foi dado no associado do Fluminense quando da última eleição e vem sendo dado diariamente em cada torcedor do Fluminense, que é motivo de deboche de todos os outros. Golpe são os pais de família, funcionários humildes, que não podem cumprir seus compromissos pelo não recebimento de seus salários. Golpe é termos programação de Greve Geral pelo não pagamento de salários. Golpe é o nepotismo existente no Clube. Golpe é a contratação de pessoas acima do valor de mercado. Golpe é o dado pelos membros do Conselho Diretor que sabotam e se envergonham da própria administração que participam. Golpe é não termos punição alguma para os comprovadamente envolvidos no escândalo dos ingressos da Libertadores. Golpe é dar o tratamento ao patrimônio do Clube que vem sendo dado. Golpe é dirigir o Fluminense com uma mentalidade de que “todo Clube que desce a 2ª divisão tem maior visibilidade”. Golpe é alienar o Clube para terceiros à revelia dos Poderes Constituídos do Clube. A palavra golpe precisa realmente ser melhor compreendida...

Não sou dono da razão, mas venho brigando juntamente com o Ideal Tricolor e diversos outros companheiros para mudar a situação do Clube. Peço desculpas ao amigo tricolor pela extensão dessa manifestação, que serve também como uma espécie de desabafo.
Um abraço,

Sds. Tricolores,

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